Há vários nomes para o livro, como O Livro Vermelho, Citações do Presidente Mao Tsé-Tung, O Pequeno Livro Vermelho, ou como é mais conhecido, O Livrinho Vermelho. Enfim, seja qual nome seja usado, ele se trata de uma coleção de citações do político, teórico, líder comunista e revolucionário chinês, Mao Tsé-Tung, sendo uma forma de culto à sua personalidade, onde muitos o consideram como um filósofo, poeta, entre outras definições. O livro possui 33 capítulos, organizados por Lin Piao, Ministro da Defesa de Mao, abordando nos tópicos da obra, a ideologia de Mao, conhecido como Maoísmo, ou como "Pensamento de Mao Tsé-Tung". Foi publicando inicialmente na China, e teve sua distribuição internacional após abril de 1964.

O Livro Vermelho era usado para estudos nas escolas na época da Revolução Cultura, e até no mercado de trabalho. Todos os setores da sociedade, industria, comércio, agrícola, administração civil, e nos setores militares, era organizado sessões de leitura do livro durante várias horas por dia no trabalho. Durante os anos 60, o livro era um ícone importante na cultura da China, tão visto quanto a imagem de Mao. Em cartazes e quadros criados pelos artistas de propaganda do Partido Comunista Chines, Mao era muitas vezes visto com uma cópia do livro na mão dele. Depois do fim da Revolução Cultural em 1976 e a subida ao poder de Deng Xiaoping em 1978, a importância do livro diminuiu consideravelmente.

O Livro Vermelho compreende 427 citações de Mao, divididas em 33 capítulos. As citações de Mao eram em negrito ou em vermelho para serem bem destacadas. É também chamado de "Reflexões do presidente Mao" por muitos chineses. As citações compreendem poucos parágrafos. Na segunda metade do livro, uma forte tendência empirista evidencia-se no pensamento de Mao. A tabela abaixo resume o livro.

Atualmente, a identidade de seu verdadeiro autor é questionada. Fontes alegam que O Livro Vermelho teria sido escrito Hu Qiaomu, ajudante de ordens de Mao por 25 anos.

A distribuição subsidiada deste livro pelo governo comunista chinês fez com que "O Livro Vermelho" se tornasse o segundo livro mais vendido na história, atrás apenas da Bíblia, tendo aproximadamente 900 milhões de cópias imprimidas. A popularidade do livro está ligada ao fato de que é uma exigência "não-oficial" para todo cidadão chinês possuir o livro, exigência essa que se fez notar especialmente durante a Revolução Cultural.










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A leitura não é algo considerado muito importante hoje em dia, principalmente entre os jovens. Ontem por exemplo, houve uma doação de livros da escola para os alunos, e apenas duas pessoas da minha sala (contando com a minha pessoa), aceitaram levar alguns livros que nos interessava para casa.

Mas enfim, se a leitura é tão bem vista, mas tão pouco almejada, ela possui pelo menos algum benefício? SIM!




  • Desenvolvimento do nosso repertório:

A leitura ajuda a desenvolver o repertório, desenvolvendo nosso crescimento intelectual, pessoal e profissional.

  • Ampliamento de conhecimento geral:

Nos ajuda na aquisição de conhecimento, ampliando nosso conhecimento sobre assuntos específicos e gerais.

  • Estimulo à criatividade:

A leitura desenvolve prazerosamente o nosso potencial criativo.

  • Olhar argumentativo:

Desenvolve a capacidade de argumentar, criando bases para fazer  argumentos consistentes.

  • Aumenta o vocabulário:

Amplia o vocabulário do leitor: conhecemos novas palavras e aprendemos a usá-las em seus diferentes e ricos sentidos.

  • Melhora a comunicação:

A leitura desenvolve seu vocabulário, assim, criando um repertório maior de palavras, ajudando o orador a se comunicar mais facilmente com os receptores.

  • Melhor interpretações de texto:

Ler constantemente, nos ajuda a ter facilidade em detectar interpretações de variados textos.

  • Reflexões e opiniões:

Incentivo à reflexão e à formação de opinião: a leitura nos incentiva a pensar, a refletir, a formar uma opinião, a pôr em xeque nossas convicções e a chegar a uma conclusão.

  • Ampliação do campo de visão: 

A leitura nos permite "ver" um assunto sob outras perspectivas, o que estimula nossa capacidade de aceitar o novo e o diferente.

  • Confrontação de pontos de vista: 

A leitura nos leva a uma conversa com o autor, o que nos permite reforçar, esclarecer ou mudar nossos pontos de vista.

  • Utilização dos recursos da linguagem: 

A leitura nos permite aprender, com os bons autores, a utilizar, inventivamente, os recursos oferecidos pela linguagem.

  • Facilitação na escrita:

Ler é um hábito que se reflete no domínio da escrita. Quem lê, costuma a ter uma boa escrita.

  • Estímulo ao pensamento abstrato: 

Percebemos a realidade pelo ângulo da fantasia, o que amplia nossa capacidade de pensar sobre o abstrato.

  • Estimulo constante à imaginação:

Quando lemos transformamos fatos, cenários e personagens, mentalmente, em imagens.

  • Desperta nosso senso crítico:

Livros, inclusive os romances, nos ajudam a entender o mundo e nós mesmos.


Tudo isso e muito mais, são características benéficas vindas da leitura, então, pegue alguns livros e boa leitura!





"Conhece-te a ti mesmo"


Quem assistiu o primeiro filme da série Matrix há de se lembrar da cena em que o herói, Neo, é levado pelo guia, Morfeu, para ouvir o oráculo. No filme há uma sibila, a mulher que recebeu o oráculo ( a mensagem ) e que é, ela também, o oráculo ( a transmissora da mensagem ). Essa mulher pergunta a Neo se ele leu o que está escrito sobre a porta de entrada da casa em que acabou de entrar. Ele diz que não. Ela lê para ele as palavras, explicando-lhe que são de uma outra língua, o latim.

O que está escrito? "Nosce te ipsum". O que significa? "Conhece-te a ti mesmo". O oráculo diz a Neo que ele e somente ele poderá saber se é ou não aquele que vai livrar o mundo do poder de Matrix e, portanto, somente conhecendo-se a si mesmo ele terá a resposta.
Poucas pessoas que viram esse filme compreendem exatamente o significado dessa cena. Ela é a representação, no futuro, de um acontecimento passado, ocorrido há cerca de 23 séculos, na Grécia.

Havia na cidade de Delfos, na Grécia antiga, um santuário dedicado ao deus Apolo, deus da luz, da razão e do conhecimento verdadeiro, o patrono da sabedoria. Sobre o portal de entrada desse santuário estava escrita a grande mensagem do deus ou o principal oráculo de Apolo: Conhece-te a ti mesmo. Um ateniense, chamado Sócrates, foi ao santuário consultar o oráculo, pois em Atenas, onde morava, muitos diziam que ele era um sábio, e ele desejava saber o que era um sábio e se ele poderia ser chamado de sábio. O oráculo, que era uma mulher ( a sibila ), perguntou-lhe: "O que você sabe?". E ele respondeu: "Só sei que nada sei". Ao que o oráculo disse: "Sócrates é o mais sábio de todos os homens, pois é o único que sabe que não sabe". Sócrates, como todos sabem, é o patrono da filosofia.

Se voltarmos ao filme Matrix, podemos perguntar por que ali foi feito o paralelo entre Neo e Sócrates. Comecemos pelo nome dos dois personagens, masculinos principais: Neo e Morfeu. Esses nomes são gregos. Neo significa "novo" ou "renovado" e, quando dito de alguém, significa "jovem na força e no ardor da juventude".

Morfeu - Morfeu


Morfeu pertence à mitologia grega: era o nome de um espírito, filho do Sono e da Noite ( Deveria ser brasileiro.. rs ) , que possuía asas e era capaz, num único instante de voar em absoluto silêncio para as extremidades do mundo. Esvoaçando sobre um ser humano ou pousando levemente sobre sua cabeça, tocando-o com uma papoula vermelha, tinha o poder não só de fazê-lo adormecer e sonhar, mas também de aparecer-lhe no sonho, tomando a forma humana. É dessa maneira que no filme, Morfeu se comunica pela primeira vez com Neo, que desperta assustado com o ruído de uma mensagem na tela do seu computador. E, no primeiro encontro de ambos, Morfeu surpreende Neo por sua extrema velocidade, por ser capaz de voar e por parecer saber tudo a respeito desse jovem que não o conhece.
Anjo Morfeu representando a famosa frase
"Cai nos braços de Morfeu".
Várias vezes Morfeu pergunta a Neo se este tem sempre a impressão de estar dormindo e sonhando, sem nunca ter certeza de estar realmente desperto. Essa pergunta deixa de ser feita a partir do momento em que, entre uma pílula azul e uma vermelha oferecidas por Morfeu, Neo escolhe ingerir a vermelha ( como a papoula da mitologia ), que o fará ver a realidade. É Morfeu quem lhe mostra a Matrix, fazendo-o compreender que passou a vida inteira sem saber se estava desperto ou se dormia e sonhava porque, realmente, esteve sempre dormindo e sonhando.
Você sabia que a droga morfina, tem seu nome derivado de Morfeu, visto que ela propicia ao usuário sonolência e efeitos análogos aos sonhos?

Neo - Sócrates


Sócrates estilo membro da Matrix
Por que as personagens do filme afirmam que Neo é o "escolhido"? Por que estão seguras de que ele será capaz de realizar o combate final e vencer a Matrix?
Porque ele era um pirata eletrônico, alguém capaz de invadir programas, decifrar códigos e mensagens, mas sobretudo, porque ele também era um criador de programas de realidade virtual, um perito capaz de rivalizar com a própria Matrix? Essa interrogação o levou a vasculhar os circuitos internos da máquina, que começou a ser perseguido por ela, como um criminoso, e por essas incursões foi encontrado por Morfeu.

Por que Sócrates é considerado o "patrono da filosofia"? Porque jamais se contentou com as opiniões estabelecidas com os preconceitos de sua sociedade, com as crenças não questionadas de seus conterrâneos Ele costumava dizer que era impelido por um espírito interior ( como Morfeu instigando Neo ) que o levava a desconfiar das aparências e procurar a realidade verdadeira das coisas. Sócrates andava pelas ruas de Atenas fazendo perguntas aos atenienses "O que é isso em que você acredita?", "O que é isso que você está fazendo?", "O que é isso que você está dizendo?". Os atenienses achavam, por exemplo, que sabiam o que era justiça. Sócrates lhe fazia perguntar de tal maneira que, embaraçados e confusos, chegavam à conclusão de que não sabia o que era a justiça, entre outras perguntas. A pergunta "O que é?" era o questionamento sobre a realidade essencial e profunda de uma coisa para além das aparências e contra as aparências. Com essa pergunta, Sócrates levava os atenienses a descobrir a diferença entre parecer e ser, entre mera crença ou opinião e verdade.
Sócrates era filho de uma parteira. Ele dizia que sua mãe ajudava no nascimento dos corpos e que ele também era um parteiro, mas não de corpos, e sim de almas. Assim como sua mãe lidava com a matrix corporal, ele lidava com a mental, auxiliando as mentes libertar-se das aparências e buscar a verdade.

Como os de Neo, os combates socráticos eram também combates mentais ou de pensamento. E enfureceram de tal maneira os poderosos de Atenas que Sócrates foi condenado à morte, acusado de espalhar dúvidas sobre as ideias e os valores atenienses e, com isso, corromper a juventude.
O paralelo entre Neo e Sócrates não está apenas no fato de que ambos são instigados por "espíritos" que os fazem desconfiar de aparências, nem apenas por ambos consultarem um oráculo e recebem como mensagem "conhece-te a ti mesmo", e nem mesmo porque ambos lidam com matrizes.

Podemos encontrá-lo também ao comparar a trajetória de Neo no interior da Matrix com um dos mais célebres escritos do Filósofo Platão, discípulo de Sócrates, Essa passagem encontra-se na obra intitulada A república e chama-se "O mito da Caverna". Porém ficaremos por aqui, e continuaremos em um próximo post.. Até mais!

Fonte: Iniciação à Filosofia (Marilena Chaui)


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Há alguns dias atrás estava lendo e relendo "A Arte da Guerra", por Sun Tzu, gostei muito e estou aqui indicando ele para vocês :)
O livro "A Arte da Guerra", é formado de 13 capítulos, se tratando de um dos maiores tratados de guerra de todos os tempos. Cada capítulo é uma abordagem particular sobre alguma estratégia de guerra, onde acredita-se que possa até ter sido usado por Napoleão, Mao Tse Tung, entre outros famosos da história. As estratégias podem ser usadas, não só em guerras, mas em qualquer conflito, como no mundo dos negócios, empresas, e até na sua vida amorosa.

Em 1972, arqueólogos chineses encontraram fragmentos do livro, datados da dinastia Sung, que completavam a obra e compunham a versão completa e atual dos mais sábios tratados militares da história, sendo um dos clássicos mais influentes do pensamento oriental sobre estratégia. 

Finalizando, indico que leiam os belos 13 capítulos da Arte da Guerra, e usem ele em algum ramo de vossas vidas. Até mais!


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